A Laranja Mecânica
CONCEITO: Depois da primeira e suave prensagem, as uvas ainda têm 10 a 15% de sumo. Deixámos essas uvas macerar por 7 dias e depois voltámos a prensar e retirámos mais sumo, mais concentrado. Este sumo foi fermentado espontâneamente. O resultado é desconcertante, indisciplinado, disruptivo, perturbador… de uma maneira muito deliciosa. Não é um filme, é um vinho. É a nossa Laranja
Mecânica, pois a vida às vezes aplica uma pressão angustiante que apenas tentamos suportar. Aqui, transferimos a pressão mecânica para as peles, o que é uma maneira de lidar bastante saudável.
NOTAS DE PROVA: Cor laranja mel, nariz muito exuberante, notas de laranja cristalizada, algum marmelo quase toques de vindima tardia. Ataque cheio, super texturado a meio de prova, guloso, mas com muita frescura.
GASTRONOMIA: Ótimo branco para arranque de refeições como uma harmonização clássica de Foie gras, ou uma terrina, um branco muito interessante na transição brancos tintos, pela sua intensidade e concentração.
Vintage 2019:
90/100 Robert Parker
Vintage 2018:
90/100 Robert Parker
17/20 Grandes Escolhas
FitaPreta Branco Ancestral 2019
IDENTIDADE: Fitapreta Branco 2019 é um vinho de origem, um esforço para ressuscitar a velha fórmula dos brancos do Alentejo, utilizando castas típicas da região. Algumas castas como Tamarês (sin. Trincadeira das Pratas) e Alicante Branco (sin. Boal de Alicante) estão reduzidas a poucos hectares. Produzido com intervenção mínima, expressa os aromas e sabores puros do Alentejo.
NOTAS DE PROVA: Cor amarelo citrino, com aroma intenso a citrinos com notas minerais a refrescarem o conjunto. Ataca com bom volume e é rico na retro. Termina com uma frescura impressionante em harmonia com boa fruta. O final é bastante persistente.
GASTRONOMIA: Fresco, com boa acidez e alguma untuosidade, funciona bem com peixes grelhados, saladas e mariscos frescos.
Vintage 2019:
90/100 Robert Parker
Vintage 2018:
90/100 Robert Parker
17/20 Grandes Escolhas
FitaPreta Tinto 2019
IDENTIDADE: Exprimir o Alentejo através de um vinho. Elaborado a partir de castas tipicamente alentejanas, a intervenção enológica é praticamente nula enaltecendo os verdadeiros aromas e sabores da região.
NOTAS DE PROVA: Cor violeta concentrado. Nariz intenso a frutos pretos frescos com notas de erva seca. Ataque cheio, encorpado, rico e guloso com notas de toffee e o final de boca a revelar taninos firmes e redondos.
Vintage 2018:
16,5/20 Grandes Escolhas
Palpite Reserva Branco 2018
CONCEITO: Branco madeirizado muito gastronómico resultante de castas tipicamente portuguesas em que cada uma desempenha um papel fundamental: Antão Vaz – tipicidade alentejana, Verdelho – exuberância e fruta exótica, Arinto – acidez.
NOTAS DE PROVA: Cor amarelo citrino, com aroma intenso em que os citrinos estão bem evidenciados com um toque de nata. Na boca o ataque é denso, com acidez bem marcada mas ser ser exagerada. Retro rica no meio de prova. Acaba com bastante frescura e persistência.
GASTRONOMIA: Pela sua componente especiada e anatada combina bem com pratos tanto de peixe como de carnes assadas, e pela sua acidez combina na perfeição com peixe mais simples e marisco.
Vintage 2018:
90/100 Robert Parker
Vintage 2017:
91/100 Wine Enthusiast
18/20 Grandes Escolhas
Palpite Reserva Tinto
CONCEITO: Palpite é o que está na alma do enólogo, expressar um equilíbrio entre as uvas, o “Terroir” e a intuição do homem. Em cada vindima, o Palpite é produzido pela selecção dos melhores blocos de vinha e das melhores barricas.
NOTAS DE PROVA: Cor violeta escuro concentrada com aroma concentrado de frutos vermelhos; notas subtis de mentol com fruta madura e taninos redondos. O final de boca é intenso e persistente.
GASTRONOMIA: Servir com pratos de caça ou carnes vermelhas condimentadas.
Vintage 2018:
91/100 Robert Parker
18/20 Paixão pelo Vinho
Vintage 2017:
93/100 Robert Parker
93/100 Wine Enthusiast
18/20 Grandes Escolhas
Os Paulistas Chão dos Eremitas 2018
CONCEITO: Os Paulistas, nome dado aos Eremitas da ordem de São Paulo que faziam há tanto tempo neste local o seu vinho, que se perdeu essa data nas memórias. No entanto a Bula Papal de 1397, isenta “Os Paulistas” de impostos nas suas vinhas, demonstrando a importância deste local. O local é especial e recebe dois riachos que trazem as águas da Serra D’Ossa e que mantêm a água próximo e os solo frescos, não havendo necessidade rega para o bom desenvolvimento das uvas. As uvas, também são de outro tempo, plantadas em 1970, a Tinta Carvalha, o Moreto, o Castelão, o Alfrocheiro e a Trincadeira, demonstram que existiu um outro Alentejo, sem rega e sem castas melhoradoras. Um Alentejo que vale a pena recuperar, é esse o nosso tributo aos Paulistas.
NOTAS DE PROVA: Cor ruby com alguns toques violeta, concentração média. No nariz, muito fruto de bosque vermelho, algum mato. Ataque fresco, boa fruta com notas de romã. Muito fino, longo e com estrutura.
GASTRONOMIA:Um tinto com boa acidez, bom para carnes com alguma gordura, pratos de tacho.
Vintage 2018:
94+/100 Robert Parker
19/20 Revista de Vinhos